O dia das mães se aproxima...
Além de ser comercial ainda é um espaço do ano para reflexão.
Indo direto ao ponto e sem muito
ou nenhum devaneio
Ser mãe para mim é uma opção de
vida
Muitas vezes com
arrependimento... e quantos!
Não pela escolha da maternidade,
mas porque as coisas sempre se complicam e parecem nunca ter uma ponta de
normalidade agradável.
Não sei quanto a outras mães,
mas eu tenho o sentimento de que nunca ouvi tantos:
- Cala a boca! - Pára! - Fica
quieta! - Chega, já está chato” Você
fala demais! - Você não ama seus filhos? (...) e por aí vai.
Nunca fiquei tão calada e tão
quieta como quando decidi ser mãe.
Mudei de opinião muito mais que
mudei de roupa.
Olhei, olhei e olhei em momentos
que gostaria de poder falar o que penso para resolver uma situação, mas o
melhor sempre foi calar e olhar.
Tive meus erros apontados a cada
dia como se tivesse cometido um grande pecado por querer dar à luz a duas
lindas garotinhas e criá-las.
Menti muito para evitar
problemas maiores...
Muitas vezes escolhi fazer o que
não queria.
Muitas vezes fui a lugares que
não queria não por causa das crianças, mas porque uma mãe não faz o que quer,
mas o que precisa.
Muitas e muitas vezes não
concordei com o que estava acontecendo, mas tive que respeitar as escolhas
que estavam sendo tomadas e esperando que para darem certo não precisariam
ser do meu agrado. Com tudo dando errado, eu estaria lá para juntar os cacos
e recomeçar.
Acho que no final das contas, me
acovardei de tomar decisões e atitudes que poderiam me beneficiar. Só que
para beneficiar um pode prejudicar o outro... isto eu não queria.
Sempre fui bem lembrada: - A mãe
aqui é você, faça!
Tive ajuda mas não o suficiente
para chegar em casa depois de 9 horas e pouco de trabalho fora de casa, poder
só fazer algo para comermos ou só assistir novelas... ou outra coisa
inconsequente.
Por mais máquinas e modernidade
que comprei para facilitar a vida, sempre tive pouca colaboração doméstica.
Pareceu-me que ser mãe é ser
escrava de uma situação, e eu fui.
Não, nunca achei que ser mãe é
padecer num paraíso. Porque se é paraíso não se padece, e se padecemos não é
paraíso, e se não é paraíso...
Com certeza teria muito mais a
escrever.
Mas parece que as palavras estão
entranhadas nos ossos do meu crânio e não saem por nada.
Acho que ser mãe é ficar envolto
a uma teia de aranha que você não consegue visualizar uma saída para
encontrar a tal felicidade.
E por mais incoerente que possa
parecer eu não seria completa se não fosse mãe. Vai entender!
|
domingo, 29 de abril de 2018
SER MÃE
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário