domingo, 29 de abril de 2018

SER MÃE

O dia das mães se aproxima... Além de ser comercial ainda é um espaço do ano para reflexão.
Indo direto ao ponto e sem muito ou nenhum devaneio
Ser mãe para mim é uma opção de vida
Muitas vezes com arrependimento... e quantos!
Não pela escolha da maternidade, mas porque as coisas sempre se complicam e parecem nunca ter uma ponta de normalidade agradável.
Não sei quanto a outras mães, mas eu tenho o sentimento de que nunca ouvi tantos:
- Cala a boca! - Pára! - Fica quieta! - Chega, já está chato”   Você fala demais! - Você não ama seus filhos? (...) e por aí vai.
Nunca fiquei tão calada e tão quieta como quando decidi ser mãe.
Mudei de opinião muito mais que mudei de roupa.
Olhei, olhei e olhei em momentos que gostaria de poder falar o que penso para resolver uma situação, mas o melhor sempre foi calar e olhar.
Tive meus erros apontados a cada dia como se tivesse cometido um grande pecado por querer dar à luz a duas lindas garotinhas e criá-las.
Menti muito para evitar problemas maiores...
Muitas vezes escolhi fazer o que não queria.
Muitas vezes fui a lugares que não queria não por causa das crianças, mas porque uma mãe não faz o que quer, mas o que precisa.
Muitas e muitas vezes não concordei com o que estava acontecendo, mas tive que respeitar as escolhas que estavam sendo tomadas e esperando que para darem certo não precisariam ser do meu agrado. Com tudo dando errado, eu estaria lá para juntar os cacos e recomeçar.
Acho que no final das contas, me acovardei de tomar decisões e atitudes que poderiam me beneficiar. Só que para beneficiar um pode prejudicar o outro... isto eu não queria.
Sempre fui bem lembrada: - A mãe aqui é você, faça!
Tive ajuda mas não o suficiente para chegar em casa depois de 9 horas e pouco de trabalho fora de casa, poder só fazer algo para comermos ou só assistir novelas... ou outra coisa inconsequente.
Por mais máquinas e modernidade que comprei para facilitar a vida, sempre tive pouca colaboração doméstica.
Pareceu-me que ser mãe é ser escrava de uma situação, e eu fui.
Não, nunca achei que ser mãe é padecer num paraíso. Porque se é paraíso não se padece, e se padecemos não é paraíso, e se não é paraíso...
Com certeza teria muito mais a escrever.
Mas parece que as palavras estão entranhadas nos ossos do meu crânio e não saem por nada.
Acho que ser mãe é ficar envolto a uma teia de aranha que você não consegue visualizar uma saída para encontrar a tal felicidade.
E por mais incoerente que possa parecer eu não seria completa se não fosse mãe. Vai entender!

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