sábado, 4 de fevereiro de 2017
BRASIL EM LUTO
Hoje será a cremação da
ex-primeira-dama do Brasil (esposa do ex-presidente Lula). Meu fugiu o seu
nome. Diferente da Dona Ruth Cardoso, que Deus a tenha, a tenho em alta
conta. Ela faleceu de uma doença que nós os brasileiros conhecemos muito bem,
“acidente vascular cerebral” (perdoem-me se me enganei...). Creio, e tenho certeza que neste dia, inúmeras
famílias brasileiras estão chorando seus mortos, e preocupados que não tem,
sequer dinheiro para fazer um enterro
digno, até porque provavelmente não tiveram um atendimento em tempo, um leito
hospitalar, remédios para manutenção, uma equipe de enfermagem disposta a
trabalhar direito principalmente nos pronto socorros municipais (SUS, que
mais parece Sistema Único de Susto). Não vou condenar os médicos como é de
praxe em nossa cultura nacional. Sou consciente que realmente falta suporte
material para um bom atendimento. Conheço este processo pessoalmente.
Há 10 dias sofri um acidente de
moto, passei por um médico inexperiente, mas encontrei um técnico de
enfermagem que honrou seu voto profissional. Precisei voltar mais duas vezes
ao PS, encontrei, dois médicos
eficientes, mas, tudo pode se limitar a um raio X que eu já tinha em mãos. Desta vez encontrei duas
equipes de enfermagem indispostas, que nem se quer uma resposta educada eram
capazes de dar. Na última vez desisti de tomar o remédio receitado pelo
médico e disse-lhe que era melhor curtir minha dor. E não era pouca, estou
com problema nas costelas do lado esquerdo. Sei que a minha história é tão
comum quanto arroz e feijão. É claro sou povão.
Mas, o Brasil está em luto
oficial, não pelos muitos brasileiros que morreram porque nosso sistema
político de “saúde pública” mata por dia inúmeros de nós sem piedade e em
troca pede mais e mais de nosso parco salário em tachas, impostos, aumento
das tarifas e multas em nome das promessas vazias quanto as do bêbado que diz
pra sofrida família que é sempre um novo homem.
Respeitaremos o luto, porque a morte dói mais que um parto natural,
uma costela quebrada, uma barriga
vazia, uma dividia impagável.
De uma coisa eu tenho certeza,
a justiça não foi feita, nem será, com a morte de Dona Marisa, lembrei-me do
nome, partiremos agora para o sentimentalismo
fútil, de falarmos de boas qualidades e esquecermos os problemas
causados à nação em nome dessas boas qualidades. O julgamento a Deus
pertence, acredito nisso, mas as consequências de nossos erros enfrentamos
aqui na terra e devemos, de acordo com o Código Civil Brasileiros, pagar o
prejuízo que causamos aos outros... Então, quem pagará os nossos prejuízos?
O que eu quero dizer é que se
existe algum senso de justiça neste país, que possamos senti-lo independente
se quem deu causa esteja vivo ou não. E que possamos apesar dos fatos atuais
perceber que não seremos prejudicados mais do que já somos e que possamos sentir que estamos
sendo ressarcidos pelas dores e anos sofridos ao longo desta gestão que está sub judice
Meus sinceros respeitos às famílias
que choram por seus ente queridos.
PS: não tive a pretensão de editar uma informação jornalística, trata-se de um texto sentimental diante de um fato de rotina de nossa história nacional. Quaisquer erro de informação do acontecimento em pauta, podem fazer observação. Grata por vc ler.
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